O Falso Profeta
TEOMANIA
Significado de Teomania Por Dicionário inFormal (SP) em 14-08-2009.
Mania, loucura em que o doente acredita que é Deus ou inspirado por Deus.
Desejo maléfico e invejoso de adquirir um poder divino; mais forte em indivíduos psicóticos e pessoas em posições de poder na sociedade. De acordo com Dr. Keppe, a Teomania, uma forma extrema de megalomania, é a causa primeira de toda doença (social, mental, orgânica). Psicóticos freqüentemente se vêem como divindades.
Saí da pracinha nervoso e assustado, pois, eu sentia dentro de mim que a voz que falou comigo era a de Cristo. Voltei pra casa e falei pra mim mesmo: - Aquilo foi só a minha imaginação. E tentei esquecer aquela noite e aquela voz, mas os anos iam passando e eu não conseguia esquecer. Porém, eu vivia como um Ateu e resolvi comprar livros para aprender e me tornar poderoso e popular perante os conhecidos. E comprei os livros: O Poder Cósmico da Mente, O Poder do Subconsciente, Hipnose e Auto- Hipnose. Comecei a estudar e a praticar, e pensava em ganhar muito dinheiro e ganhar o amor de muitas mulheres. Estudei também "Magnetismo" e comecei a praticar-lo; eu tinha me tornado um Vampiro de Energia Vital. Todos os dias quando eu saudava as pessoas apertando-lhes a mão, eu olhava entre seus olhos e sugava suas Energias. Estava feliz com as práticas e os Estudos sobre: Magnetismo, Poder Cósmico da Mente, Hipnose e Auto-Hipnose. Todas as noites antes de dormir eu praticava a Auto-Hipnose até adormecer. Pensei também em estudar e praticar Magia Negra e Magia branca, eu já tinha comprado os Livros escritos por S. Cipriano e estudei sobre ele e sua professora a "Bruxa Évora". Mas, logo desisti quando vi que se tratava de sacrifícios de animais e outros Rituais maléficos. E comecei a Ponderar sobre S. Cipriano, que depois de descobrir que sua Magia não funcionava com uma mulher, pois, tinham encomendado a ele o serviço da Bruxaria, ele queria saber porque não funcionava com aquela mulher, apesar de ter sido o maior Bruxo da História. Quando ele consultou o Demônio, este lhe disse: - Esqueça esta mulher, pois, ela é protegida pela Mãe do Homem lá de cima. Então S. Cipriano entendeu que o homem a quem o Demônio se referia era Jesus Cristo. Depois desta descoberta, S. Cipriano abandonou a Bruxaria e se voltou para Jesus Cristo pedindo perdão e pediu para Cristo desfazer todas as suas Bruxarias. Cristo o ouviu e assim fez, tornando-o um dos maiores servos e Santo da História. S. Cipriano se tornou fiel a Deus e a Igreja Católica o canonizou como Santo, São Cipriano. Depois, desses estudos sobre São Cipriano, eu joguei fora os meus livros de Bruxaria e desisti de ser Bruxo. Entretanto continuei a estudar O Poder Cósmico da Mente e a Hipnose, também comecei a praticar o Magnetismo me tornando um Vampiro de Energias. Com aquilo eu me sentia importante, poderoso e satisfeito. Mas, com o passar dos dias eu estava me sentindo mal e sentia que as Energias que eu procurava sugar não estavam mais me fazendo bem. Estudei mais sobre o assunto, e verifiquei que as pessoas tinham em si, Energias benéficas e Energias maléficas. Minha vida estava se tornando um inferno, o dinheiro não parava na minha mão, apesar de eu não curtir a vida. As mulheres fugiam de mim e nem mais coragem eu tinha de pedir em namoro a mulher a qual me apaixonava. Larguei o "Magnetismo" e fiquei somente com a prática do Poder Cósmico da Mente e a Hipnose. Eu voltei a me sentir melhor e acreditava que bastaria a prática desses dois estudos para ganhar muito dinheiro e namorar com qualquer mulher que eu me agradasse. E quando eu pensava que já estava tudo bem, me sentindo o melhor, eis que conheci uma linda mocinha do meu bairro chamada Graça. Procurei me informar sobre ela e fiquei sabendo que ela fazia parte de um Grupo de Jovens da Igreja Católica. Não perdi tempo, entrei também para o Grupo de Jovens, não com o objetivo de servir a Deus, mas sim, com o objetivo de conquistar e estar perto da mulher a qual me apaixonei. Eu não tinha coragem de me declarar, e ela só me tratava e me via como irmão, porém, eu não desisti, estava super apaixonado por ela. Foi então que depois de tentar usar a Hipnose e o Poder Cósmico da Mente para conseguir fazer com que ela se apaixonasse por mim, não via nenhum resultado. O tempo ia passando e eu me decepcionei com minhas práticas de Poder Mental, pois, a mulher que me apaixonei só queria me ver como irmão e nada mais. Fiquei depressivo e não conseguia acreditar em mais nada,; eu não queria mais saber de nenhum Poder especial. Então continuando no Grupo de Jovens (eu tinha uns vinte e poucos anos), eu tentei acreditar e buscar a Jesus Cristo, mas, a minha descrença foi maior, porque eu não conseguia acreditar no Cristo que eles acreditavam. Resolvi então fingir que tinha Fé em Cristo e comecei a Pregar o Evangelho, mesmo não acreditando nele; entrei para o meio dos Idosos que rezavam o Terço e o Ofício de Nª Senhora e me tornei popular entre os Religiosos do meu bairro. Me dediquei tanto nos trabalhos religiosos entre os mais velhos e os jovens, sempre pregando a palavra e me dedicando as Missas e as Pregações na Igrejinha do Bairro. Eu era aplaudido e aclamado por muitos como Profeta, mas, somente eu sabia que era pra me tornar popular e impressionar a Graça e que na verdade eu estava sendo um Falso Profeta entre os Religiosos e entre meu Grupo de Jovens. Eu pegava o meu violão e cantava para todos, e era sempre aplaudido, porém, eu não conseguia dinheiro, apenas fama de Profeta cantador. Também tentei o meio artístico como Humorista e durante muito tempo arranquei gargalhadas das pessoas, porém, não entrava dinheiro no meu bolso. Naquele tempo perdi o meu emprego e para piorar minha situação como castigo do meu fingimento, perdi toda esperança na mulher amada, ela já estava nos braços de outro. Fiquei depressivo, nada na minha vida dava certo, parecia que o azar me acompanhava em tudo. Fui um Falso Profeta que nada mais fazia do que tentar enganar a mim mesmo com a minha presunção e o meu orgulho de ser aclamado como Profeta ou Santo pelas pessoas que me amavam naquele bairro. Depressivo, eu busquei a Morte, nada mais me dava motivo para viver; e semelhante a São Francisco de Assis, eu dizia: - Vinde me buscar minha irmã Morte, pois, sua vinda eu anseio e desejo. Esperava a cada dia a minha Morte, mas eu não procurava o suicídio, pois não queria morrer como um covarde. Passavam - se os meses e eu ainda continuava no Grupo de Jovens e dos outros Religiosos, sempre sendo aplaudido pelas minhas falsas pregações. Então veio o Inverno, e eu via as chuvas fortes destruindo as casas pobres do meu bairro e em muitos lugares; Via as depravações e Abominações dos homens contra os inocentes, e os inocentes se tornando também abomináveis. Então, em meio a uma grande tristeza, eu vi que os homens estavam presos a um Sistema e era justamente este Sistema que escravizava e transformava criancinhas inocentes em homens abomináveis e cruéis. Naquele dia de chuva, diante de todo sofrimento que eu via, eu desejei mais fortemente a minha Morte. Então, debaixo da chuva, revoltado com a vida, eu gritei olhando para o céu e falava: - Aonde está tu ó Deus, porquê não vê todo este sofrimento que eu vejo.? Será que por causa do Livre Arbítrio tu entregas a Humanidade a este Sistema perverso.? Sei do Sistema, mas também sei que só um Deus Criador pode destruir este Sistema, porquanto os homens nascem inocentes e quando crescem o Sistema os tornam Abomináveis e injustos. Aonde tu te escondes que não vê nada disso.? A partir de agora me ponho como teu inimigo e te desafio ó Deus da Bíblia.! Se tu existes mesmo, lança do céu fogo sobre mim e me consuma em brasas.
Naquele momento que eu falava, ouvi um forte estrondo do trovão e vi o Céu como em Chamas, e vi relâmpagos rasgando os Céus para todo lado. O Céu ficou vermelho e amarelo como as chamas de um grande fogo, e eu cai na lama apavorado pela visão da fúria de Deus. Apavorado com a cena, eu disse: - Porquê fui desafiar á Deus?! Porquê me fiz inimigo de Deus?! Agora vejo e creio, mas já é tarde, a Morte já está a caminho e serei consumido pelo fogo e lançado no Inferno.!.
(Este Relato continuará em uma Próxima Postagem.)
Ass: Filho de Jacó
Raul Seixas
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Vou te encontrar vestida de cetim
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo, mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo, mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida
Existem tantas
Um acidente de carro
O coração que se recusa abater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida
Existem tantas
Um acidente de carro
O coração que se recusa abater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio
Oh morte, tu que és tão forte
Que matas o gato, o rato e o homem
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite
Que matas o gato, o rato e o homem
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite
Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo
Mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo
Mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário