Numa tarde cansada de outono, quando o sol se escondeu no horizonte. Ao ruído infantil de uma fonte, eu me pus a pensar em você. Em você que se sente perdido quando põe seu olhar nas estrelas, e de tanto contá-las e vê-las, já não sabe se crê ou não crê. Eu conheço as milhões de perguntas que você que falou que não crê, e que diz que só crê no que vê, todo dia pergunta pra Deus. Eu conheço as milhões de respostas, que ninguém tem coragem de dar, quando a vida nos vem questionar; Como vê somos todos ateus. Numa tarde tristonha de inverno retornei ao murmúrio da fonte. Não havia mais sol no horizonte, e eu me pus a pensar nos cristãos. Nos cristãos que se sentem tranquilos, quando põe seu olhar nas estrelas. E de tanto contá-las e vê-las, nunca mais põe os olhos no chão. Eu conheço as milhões de respostas, que esta gente que fala que crê, mas não ouve, não pensa e não lê, não responde por medo de Deus. Eu conheço as milhões de perguntas que os cristãos nunca ousam fazer. Pois terão de se comprometer; Como vê somos todos ateus.

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quarta-feira, 19 de junho de 2019

A Verdade sobre o Dízimo e as Ofertas

Então peguei a vara chamada Favor e a quebrei, cancelando a aliança que tinha feito com todas as nações.
Foi cancelada naquele dia, e assim os aflitos do rebanho que estavam me olhando entenderam que essa palavra era do Senhor.  (Zacarias 11:10-11)
De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?
Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo. 

(Hebreus 10:29-31)

O Dízimo já existia há muitos Séculos antes que o Povo de Israel existisse, e segundo a Bíblia, Melquisedeque era um sacerdote Universal que recebia Dízimos de muitos Povos. 

Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 
(Hebreus 7:1-2)
Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo:
"Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo,
Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos
em suas mãos". E Abrão lhe deu o dízimo de tudo. (Gênesis:14:18-20)


De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.
(Hebreus 7:11-12)
Porque ele assim testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. 
(Hebreus 7:17)
Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque,
De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.
(Hebreus 7:21-22)

Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo. (Tiago 1:26-27)

Deixando o mandamento de Deus, vos apegais à tradição dos homens. E Jesus acrescentou: Na realidade, invalidais o mandamento de Deus para estabelecer a vossa tradição.(Marcos 7:8-9)
E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim; Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.
(Marcos 7:6-7)


A primeira Oferta feita á Deus segundo a Bíblia foi através de Caim e Abel
E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. (Gênesis 4:3-4)



A Nova e Eterna Aliança conservou os Dízimos e as Ofertas, e eram entregues aos Apóstolos na forma de Dinheiro.


Lembrem-se: aquele que semeia pouco também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. 
2 Coríntios 9:6-7


Dar o dízimo é reconhecer que tudo aquilo que nós temos vem do Senhor. Significa devolver uma pequena parte de tudo aquilo que Deus derrama nas nossas vidas. Quando temos um coração grato, certamente damos com alegria. O dinheiro não é uma coisa má: é neutra, ou seja, com ele podemos fazer coisas boas ou más. Se nós amamos o dinheiro, certamente não amamos a Deus. Assim, quando somos capazes de entregar para Deus parte do nosso dinheiro, estamos confiando n'Ele e quebrando o poder do dinheiro nas nossas vidas.
Os dízimos e as ofertas servem para manter a obra da igreja.Deus não precisa do dinheiro mas cada igreja tem despesas. Ninguém é obrigado a dizimar mas quem desfruta da igreja deve ajudar a mantê-la. Os dízimos são a décima parte do rendimento, que é oferecido a Deus. No Antigo Testamento, os dízimos dos israelitas serviam para manter o templo, os sacerdotes, os levitas e as pessoas mais pobres. Os dízimos são uma forma de agradecer a Deus por sua providência e mostrar dedicação a ele. Não há mandamento no Novo Testamento sobre os dízimos. Mas a Bíblia diz o crente tem a responsabilidade de contribuir para o mantimento da igreja e de quem trabalha para a igreja. Os dízimos também devem servir para ajudar os irmãos mais pobres.
O Tributo é de Cesar e o Dízimo é de Deus, por isso Jesus disse: -  Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. 
Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não?
Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas?
Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro.
E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição?
Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. 
(Mateus 22:17-21)

Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.
E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
Então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé (que, traduzido, é Filho da consolação), levita, natural de Chipre,
Possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.
(
Atos 4:34-37)
A Mentira de Ananias e sua esposa Safira sobre o Dízimo e as Ofertas

Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade,
E reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? 
Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram. E, levantando-se os moços, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram. E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas. 
(Atos 5:1-11)
"Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: 'Como é que te roubamos?' Nos dízimos e nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando. Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova", diz o Senhor dos Exércitos, "e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derra­mar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las.  (Malaquias 3:8-10)
Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as contribuições e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias. Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor. Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: "Afirmo que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver". 
(Marcos 12:41-44)

E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.
(Mateus 25:31-46)

 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 

(1 Coríntios 13:1-3)
 

Seu nome é Jesus Cristo e está sem casa
E dorme pelas beiras das calçadas
E a gente quando vê aperta o passo E diz que ele dormiu embriagado Entre nós está e não O conhecemos Entre nós está e nós O desprezamos (2x) Seu nome é Jesus Cristo e é analfabeto 
E vive mendigando um subempregoE a gente quando vê, diz: é um à toa 
Melhor que trabalhasse e não pedisseSeu nome é Jesus Cristo e está banido Das rodas sociais e das igrejas  
Porque d'Ele fizeram um Rei potente

Enquanto Ele vive como um pobre Entre nós está e não O conhecemos Entre nós está e nós O desprezamos (2x) Seu nome é Jesus Cristo e está doente E vive atrás das grades da cadeia E nós tão raramente vamos vê-lo Sabemos que ele é um marginal Seu nome é Jesus Cristo e anda sedento Por um mundo de Amor e de Justiça Mas logo que contesta pela Paz A ordem o obriga a ser de guerra Entre nós está e não O conhecemos Entre nós está e nós O desprezamos (2x) Seu nome é Jesus Cristo e é difamado E vive nos imundos meretrícios Mas muitos o expulsam da cidade Com medo de estender a mão a ele Seu nome é Jesus Cristo e é todo homem  Que vive neste mundo ou quer viver Pois pra Ele não existem mais fronteiras Só quer fazer de todos nós irmãos Entre nós está e não O conhecemos Entre nós está e nós O desprezamos (2x)

quinta-feira, 28 de março de 2019

Allan Kardec nunca considerou o Espiritismo como religião

Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; 

(1 Timóteo 4: 1-2)

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Allan Kardec

No Livro "O QUE É O ESPIRITISMO" Allan Kardec esclarece aos Espíritas e não Espíritas que o Espiritismo é uma CIÊNCIA e uma Doutrina filosófica:

    "O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações."

Perguntamos onde está o "tripé (Ciência, Filosofia e Religião)" que o movimento espírita brasileiro tanto defende? Eu só ví dois (Ciência e Filosofia), e você? Ao final da definição Kardec esclarece que como filosofia ele tem conseqüências morais (e apenas morais). Em momento algum da definição acima kardec cita ou deixa subentendido algo mesmo próximo da definição de Religião. Ter conseqüências morais é bem diferente de ser uma religião. Então o que está havendo? Uma manipulação clara do que disse e defendeu Allan Kardec, por motivos que analisaremos abaixo.

Completa Allan Kardec: Pode-se defini-lo assim:

O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal."

 Para entendermos melhor sobre qualquer assunto devemos analisar a fundo a essência das coisas e o pensamento daqueles envolvidos com “suas bases”, por isso é importante vermos como Allan Kardec "via" as religiões. Vejamos:

...religião é inseparável de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião,publico não veria aí senão uma nova edição...
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com o titulo sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral." (Discurso pronunciado na Sociedade Espírita de Paris semanas antes de sua desencarnação)
    Como tudo na Doutrina Espírita, a clareza dessas palavras é inquestionável. É tão clara a posição de Kardec com relação ao Espiritismo não ser Religião, não ser apenas mais uma Religião, que qualquer um que diga o contrário, por mais que entenda de Espiritismo, estará, no mínimo, desrespeitando o que pensava e defendia Allan Kardec, o maior encarregado na Terra de "Codificar" e divulgar a Doutrina Espírita. Estaria o próprio Kardec equivocado nesse ponto?... Tenho certeza que não.

A definição atual de RELIGIÃO é:

Crença na existência de força ou forças sobrenaturais. Manifestação de tal crença pela doutrina e ritual próprios. (Dicionário Aurélio, 2ª edição)

Conjunto de crenças, normas e valores que compôem artigo de fé de determinada pessoa ou conjunto de pessoas (Fonte: wikipedia)

Alguns acreditam que o termo deriva do latim: religare = religar, o que poderia significar a tentativa humana de religar-se a suas origens, a seu criador, a seu passado. Mas no Dicionário Enciclopédico Ilustrado FORMAR, encontramos a informação de LOTZ que: "Etimologicamente, é preferível derivar o vocábulo latino "relitio" de "re-legre" do que de "re-ligare". Segundo isso, religião designa sempre um "revolver-se" a observação cuidadosa, conscienciosa de alguma coisa. (Perguntamos aos "espíritas" adeptos de tal entendimento, quando é que fomos separados do criador se Ele é onipresente? ...será que acreditam que foi quando a Eva comeu a maçã e fomos expulsos do paraíso?... ou será, ainda, que acreditam na teoria panteísta (*), combatida por Kardec, que prega que somos parte de Deus e que nos uniremos a ele após nossa morte? ...Não pregam todos os oradores espíritas que Deus está dentro de nós? Não têm a família e a escola também a função de encaminhar o ser para o bem? Por que ninguém as define, então, como Religião? As filosofias de Sócrates e Platão também tiveram consequências morais e sobre as religiões, mas nunca formaram uma nova religião. Vejam também o arquivo anexado abaixo: Etimologia)

*Kardec explica sobre o Panteísmo na Introdução do Livro dos Espíritos, item 2, A Alma:
..."Outros pensam que a alma é o princípio da inteligência, agente universal do qual cada ser absorve uma porção. De acordo com esse pensamento, haveria para todo o universo apenas uma única alma que distribui suas centelhas entre os diversos seres inteligentes durante a vida. Após a sua morte, cada centelha retornaria à fonte comum, onde se misturaria no todo, como as águas dos riachos e dos rios retornam ao mar de onde saíram. Essa opinião difere da anterior apenas em que, nessa hipótese, há no corpo mais do que a matéria e que resta alguma coisa depois da morte; mas é quase como se não restasse nada, uma vez que, incorporando-se ao todo de onde veio, perde a individualidade e, assim, não teríamos mais consciência de nós mesmos. De acordo com essa opinião, a alma universal seria Deus e cada ser, uma porção da divindade. Essa é uma variante do panteísmo"...

Em "www.dantas.com" encontramos que Religião é uma palavra tão associada a uma série de paixões, movimentos e ideologias que defini-la é um desafio, e chegar a uma definição de consenso parece impossível. Encontramos também que é qualquer filosofia que se apoia em Dogmas. Frequentemente (mas não necessariamente) teísta.

Nesses termos o Satanismo e o Luciferianismo também são considerados Religiões. Algumas existem oficialmente com finalidade satírica como o Pastafarianismo, termo oriundo de um trocadilho entre as expressões pasta(macarrão em inglês) e rastafari (o movimento religioso jamaicano), é umareligião com origem satirica fundada por Bobby Henderson em 2005. (Fonte: Wikipedia/Google)

Analisando dessa forma o Espiritismo poderia ser uma Religião. Em discurso de abertura de uma das sessões da "Sociedade" o próprio Allan Kardec disse que filosoficamente poderíamos considerá-lo uma religião, mas logo adiante esclarece que seria como, da mesma forma, chamamos também: a religião da amizade ou a religião da família.

Por tudo isso devemos ser cautelosos  e principalmente fiéis aos pensamentos e desejos de Kardec sobre tal assunto, tendo afirmado, em várias obras, bem como na Revista Espírita e em Palestras que o Espiritismo não era, nem deveria se tornar uma Religião, conforme expomos abaixo: 

"Quando tiver dito claramente e sem ambigüidade que dois e dois são quatro, ninguém poderá pretender que se quis dizer de dois e dois são cinco. Poderão, pois, ao lado da doutrina formar-se seitas que não lhe adotem os princípios, ou todos os princípios, mas não na doutrina por interpretação do texto, como se formaram, tão numerosas, sobre o sentido das palavras mesmas do Evangelho. Aí está o primeiro ponto, de uma importância capital". (Allan Kardec, Revista Esp. - Dez. 1868) (Mais claro do que isso, impossível!)                                                                                                                             Inserimos abaixo diversos trechos do Livro "O QUE É O ESPIRITISMO" de Allan Kardec onde ele evidencia por diversas vezes que o Espiritismo não é Religião:

Terceiro Diálogo - O Padre

    Em resumo, a Igreja, repelindo sistematicamente os espíritas que voltavam para ela, forçou-os a retrocederem; pela natureza e violência de seus ataques, ela alargou a discussão e a conduziu para um terreno novo. O Espiritismo não era senão uma simples doutrina filosófica e foi ela mesma que o engrandeceu apresentando-o como um inimigo terrível; enfim, foi ela que o proclamou como uma nova religião. Foi um erro, mas a paixão não raciocina.

    O Espiritismo, melhor observado depois que se vulgarizou, veio lançar luz sobre uma multidão de questões até aqui insolúveis ou mal compreendidas. Seu verdadeiro caráter, pois, é o de uma ciência, e não de uma religião; e a prova disso é que conta entre seus adeptos homens de todas as crenças, que não renunciaram por isso às suas convicções: católicos fervorosos que não praticam menos todos os deveres de seu culto, quando não são repelidos pela Igreja, protestantes de todas as seitas, israelitas, muçulmanos, e até budistas e brâmanes. (Nota: Se admitirmos o Espiritismo como religião então temos que admitir também que, segundo Kardec, seria aceitável seguirmos duas religiões diferentes: Espírita e Católico, Espírita e Protestante, etc.) Ele repousa, pois, sobre princípios independentes de toda questão dogmática. Suas conseqüências morais estão no sentido do Cristianismo, porque o Cristianismo é, de todas as doutrinas, a mais esclarecida e a mais pura, e é por essa razão que, de todas as seitas religiosas do mundo, os cristãos estão mais aptos a compreendê-lo em sua verdadeira essência. Pode-se, por isso, fazer-lhe uma censura? Cada um, sem dúvida, pode fazer uma religião de suas opiniões, interpretar à vontade as religiões conhecidas, mas daí à constituição de uma nova Igreja, há distância.



        É, principalmente, no trecho abaixo que encontramos as explicações de Allan Kardec sobre esse assunto, onde ele esclarece que o Espiritismo tem caráter religioso ou consequências religiosas, ou seja, sobre as religiões (sem ser uma nova religião):

    "Vejamos, agora, sua influência moral. Admitamos que ele não ensine absolutamente nada de novo a esse respeito; qual é o maior inimigo da religião? O materialismo, porque o materialismo não crê em nada; ora, o Espiritismo é a negação do materialismo que não tem mais razão de ser. Não é mais pelo raciocínio, pela fé cega, que se diz ao materialista que tudo não termina com seu corpo, mas pelos fatos, que lhe mostra, permite-lhe tocar com os dedos e com o olhar. Não está aí um pequeno serviço que ele presta à Humanidade, à religião? Mas não é tudo: a certeza da vida futura, o quadro vivo daqueles que nela nos antecederam, mostram a necessidade do bem, e as conseqüências inevitáveis do mal. Eis porque sem ser, em si mesmo, uma religião, ele leva essencialmente às idéias religiosas, as desenvolve naqueles que não as têm e as fortifica naqueles em que elas são hesitantes. A religião, pois, encontra nele um apoio, não para essas pessoas de vista estreita que a vêem inteiramente na doutrina do fogo eterno, na letra mais que no espírito, mas para aqueles que a vêem segundo a grandeza e a majestade de Deus."
No Livro "OBRAS PÓSTUMAS" (Curta resposta aos detratores do Espiritismo), novamente Kardec afirma:    O Espiritismo é uma doutrina filosófica que tem conseqüências religiosas, como toda doutrina espiritualista (A Doutrina de Sócrates e Platão, etc.); por isso mesmo toca forçosamente às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura; mas não é, uma religião constituída, tendo em vista que não tem nem culto, nem rito, nem templo, e que, entre os seus adeptos, nenhum tomou ou recebeu o título de sacerdote ou de sumo-sacerdote. Essas qualificações são pura invenção da crítica.
É-se espírita somente porque se simpatiza com os princípios da doutrina, e que com ela se conforma a sua condutaÉ uma opinião como uma outra, que cada um deve ter o direito de professar, como se tem o de ser judeu, católico, protestante, fourieísta, sansimonista, voltairiano, cartesiano, deísta e mesmo materialista(Segundo essa afirmação de Kardec pode-se ser espírita sem nunca ter entrado numa casa espírita, sem nunca ter lido um livro ou até mesmo, nunca ter escutado nada sobre sua doutrina. São os denominados espíritas de nascença. Os adversários da Doutrina poderão nos perguntar: _ O espírita não precisa ir à Igreja para rezar? _E responderemos: Não. _O espírita não precisa ler a Bíblia ou outro livro? _Não. _O espírita não é batizado? _Não. O espírita não casa na Igreja? _Não. _Não seguem nenhum chefe? _Não. _Então, concluiriam com razão, o Espiritismo não é, definitivamente, uma religião.)
Livro “Obras Póstumas” – Os Desertores – 4º §
...Quando aos Espíritos facetos sucederam os Espíritos sérios, moralizadores; quando o Espiritismo se tornou ciência, filosofia, as pessoas superficiais deixaram de achá-lo divertido;...
Aqui, quem nos esclarece é o renomado Camille Flammarion, no Livro "OBRAS PÓSTUMAS" (Discurso pronunciado sobre o túmulo de Allan Kardec)
Porque, Senhores, o Espiritismo não é uma religião, mas é uma ciência, ciência da qual conhecemos apenas o a b c. O tempo dos dogmas acabou...

Na "Revue Spirite, de 1864, pág. 199, escreveu Allan Kardec: "Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero? Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo? Se algum dia ele se tornar uma religião, o clero é quem o terá provocado." (Allan Kardec - Pesquisa Bibliográfica e Ensaios de Interpretação - Zeus Vantuil e Francisco Thiesen - FEB)
    Para os que quiserem defender que Kardec não considerava uma religião comum, como as já existentes, mas a considerava como uma religião nova e especial, também estariam equivocados, pois encontramos no livreto "O Espiritismo em sua expressão mais simples" o seguinte esclarecimento:
    O Espiritismo, sendo independente de qualquer forma de culto, não prescrevendo nenhum deles, não se ocupando de dogmas particulares, não é uma religião especial, pois não tem nem seus padres nem seus templos. (Aproveitamos a oportunidade para lembrar que os espíritos que se denominaram por Emmanuel e André Luiz (Católicos), em suas obras, equivocadamente, tratam as Casas Espíritas de "Templos", tentando, discretamente, entre conselhos morais, enganar e desvirtuar a verdadeira DOUTRINA ESPÍRITA).


No Livro "O Verbo e a Carne de José Herculano Pires encontramos no caítulo "XII" o seguinte: ..."A gênese do Roustainguismo é portanto o anseio do maravilhoso. Tanto assim que enquanto Kardec, sensato e cauteloso, se recusa a falar em religião, atribuindo ao Espiritismo o caráter de Ciência e oferecendo-o às religiões como uma arma na luta contra o materialismo, Roustaing logo se proclama como o revelador, "instrumento útil" nas mãos de Deus para promover "a unidade de crenças e a fraternidade humana pela efetivação das promessas do Mestre e, por fim, do Reino de Deus na Terra".


    Há quem diga que pelo fato de a Doutrina Espírita tratar sobre o Evangelho, tendo Kardec escrito "O Evangelho Segundo o Espiritismo", só por isso já se pode defini-la como Religião. Discordamos firmemente desse ponto de vista por tudo o que já foi citado acima, nos servindo de um fato, para ilustrarmos o que defendemos: existe um livro Intitulado "O EVANGELHO DE CHICO XAVIER" que, se aceitarmos o pensamento acima seremos forçados a aceitar também que "nasceu" uma nova religião: a Religião "CHIQUISTA" ou o "CHICO-XAVIERISMO".

    Há também aqueles que acham que o Espiritismo é a Religião do Futuro, enquanto outros, o Futuro das Religiões. Para todos lembramos que o futuro pode ser apreendido pelo diálogo de Kardec com Bernard Palissi, habitante de Júpter, que nos leva claramente ao entendimento de que no futuro não haverá religião:

...81  — (em Júpter) Há várias religiões?

— Não. Todos professam o bem e todos adoram um só Deus.
82. — Há templos e um culto?
- Por templo há o coração do homem; por culto, o bem que ele faz.
 (Revista Espírita de Allan Kardec, Abril, 1858)

Todas essas reflexões nos levam a uma conclusão lógica de que se alguém seguir uma Filosofia que, pelos seus princípios e esclarecimentos, levarem-no à prática do bem, da caridade, do perdão e do amor, nenhuma falta lhe faria a crença religiosa. Nenhuma necessidade teria de frequentar uma Igreja ou templo, pois já estaria praticando o que determina o Verdadeiro Espiritismo: "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO".
 

     Kardec esclareceu sobre as conseqüencias religiosas do espiritismo, ou seja, sobre as religiões já existentes, sem ser, por esse simples fato, mais uma Religião. Ficando bem claro sua intenção de separar uma coisa da outra, conforme abaixo:
..."Do ponto de vista religioso, o Espiritismo tem por base as verdades fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma, a imortalidade, as penas e as recompensas futuras; mas é independente de qualquer culto particular. Seu propósito é provar, aos que negam ou duvidam que a alma existe, que ela sobrevive ao corpo, que ela sofre depois da morte as conseqüências do bem e do mal que fez durante a vida corpórea; ora, isto é de todas as religiões."...(O Espiritismo em sua expressão mais simples).
RESUMINDO, PODEMOS CONCLUIR QUE ALLAN KARDEC DEIXA CLARO QUE O ESPIRITISMO TEM SOMENTE DUPLO, E NÃO TRIPLO, ASPECTO: CIENTÍFICO E FILOSÓFICO. QUE O ASPECTO FILOSÓFICO TEM CONSEQÜÊNCIAS MORAIS. QUE ESSAS CONSEQÜÊNCIAS MORAIS TEM, POR SUA VEZ, CONSEQÜÊNCIAS RELIGIOSAS. MAS, NEM POR ISSO, ELE O DEFINE E O INTITULA COMO UMA RELIGIÃO, PELOS MOTIVOS, EXAUSTIVAMENTE, EXPOSTOS ACIMA. (Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com o titulo sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moralAllan Kardec)
A FAMÍLIA TAMBÉM TEM UM ASPECTO RELIGIOSO MAS NÃO É UMA RELIGIÃO;
A AMIZADE TAMBÉM TEM UM ASPECTO RELIGIOSO MAS NÃO É UMA RELIGIÃO;
A ESCOLA TAMBÉM TEM UM ASPECTO RELIGIOSO MAS NÃO É UMA RELIGIÃO;
ETC..., BEM COMO TODAS AS DOUTRINAS FILOSÓFICAS.

        Possíveis explicações para o Espiritismo ter virado, erradamente, uma religião no Brasil:
    
    1. Encontramos na internet, no "You Tube" uma entrevista com a pesquisadora e historiadora Célia G. Arriba, entrevistada por Jô Soares, por ter escrito um livro intitulado: "Afinal, Espiritismo é religião? E apesar de sua conclusão ser positiva, ela explica que na sua origem não era uma religião. Que esse caráter passou a ter no Brasil, dando a entender que pelas leis da época, que estabeleciam a prática do Espiritismo como crime (Curandeirismo), pois muitos centros adotavam a homeopatia para curas, pelo fato de o Brasil nesta época não ser um país laico, tendo a Religião Católica como única aceita pelo Estado, pelas perseguições e preconceitos sofridos, alguns de seus adeptos, optaram por defini-la, mais adiante, dessa forma para que fossem aceitos pela sociedade da época, equivocadamente, pois agindo assim, contrariavam o próprio desejo de Allan Kardec percebidos nos diversos textos acima;
    
    2. Segundo muitos estudiosos sérios, houve na época uma forte influência Católica, tanto de espíritos desencarnados, como Emmanuel, quanto de encarnados, como o próprio Bezerra de Menezes, que colaboraram para a criação de um Espiritismo aos moldes Católicos. (Acesse o primeiro link abaixo) 
    3. O último, e mais grave, estabelece que no plano espiritual, existe uma corrente Roustainguista, com o triste propósito de acabar com o Espiritismo, ou pelo menos, desvirtuá-lo nas suas mais puras origens. (Acesse a coluna neste "site": Catolicismo Espírita)
  
    
    Diante dessas graves possíbilidades e tendo em vista que hoje o movimento espírita dominante, absurdamente, segue os ensinamentos de Kardec, desde que eles não contrariem Roustaing, Emmanuel e André Luiz, invertendo a ordem das coisas, podemos concluir que há muita coisa a ser debatida, analisada e corrigida, urgentemente.
    Podemos observar em diversos pontos das obras de Kardec que o Espiritismo veio na hora própria e com a função celestial de atingir toda a humanidade da Terra. Um deles encontra-se nos dois parágrafos finais da mensagem de Francóis Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot , "A Felicidade não é deste mundo", Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, item 20, que traz o seguinte:"...Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentosEssa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.
Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade."
    Portanto, refletindo calmamente e sem pensamentos pré-concebidos, sobre tudo o que analisamos acima, fica impossível não concluirmos que Allan Kardec nunca considerou nem desejou que o Espiritismo viesse a se tornar uma nova Religião, pois tendo a função de unificar os seres humanos numa só crença (O Amor), não era nem deveria ser uma Nova Religião, caso contrário se tornaria apenas mais uma no meio de tantas já existentes, como ele próprio disse, deixando de atingir seus grandiosos propósitos, visto que, como ciência e filosofia pode ser estudada e aplicada por todos, sem distinção de castas, seitas ou qualquer outro fator limitador da propagação de SUA INFINITA LUZ, o que não acontece atualmente e nem poderá acontecer permanecendo o pensamento "limitador" de que o Espiritismo seja apenas mais uma religião.
                                                                    Fonte: Aires Santos da Costa

Para complemento sugerimos a leitura do livro "O LAÇO E O CULTO" de Krishnamurti de Carvalho Dias, da editora DICESP.
Acesse os sites abaixo, bem como o arquivo abaixo: "Espiritismo no Brasil.bmp":
http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/espiritismo-nao-e-religiao-mas-sim-doutrina/#.VGnZ4zTF9QA
Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados (1 Pedro 4:8)


Meu amigo pedro

Raul Seixas
Muitas vezes, Pedro, você fala
Sempre a se queixar da solidão
Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro
É pena que você não sabe não
Vai pro seu trabalho todo dia
Sem saber se é bom ou se é ruim
Quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro, as coisas não são bem assim
Toda vez que eu sinto o paraíso
Ou me queimo torto no inferno
Eu penso em você, meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria e a guerra é dura
Mas se não puder, cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Lembro, Pedro, aqueles velhos dias
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de careta, Pedro
Que você me chama vagabundo
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Todos os caminhos são iguais
O que leva à glória ou à perdição
Há tantos caminhos, tantas portas
Mas somente um tem coração
E eu não tenho nada a te dizer
Mas não me critique como eu sou
Cada um de nós é um universo, Pedro
Onde você vai eu também vou
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
É que tudo acaba onde começou