Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
(1 Timóteo 4: 1-2)
Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Allan Kardec
No Livro "O QUE É O ESPIRITISMO" Allan Kardec esclarece aos Espíritas e não Espíritas que o Espiritismo é uma CIÊNCIA e uma Doutrina filosófica:
"O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações."
Perguntamos onde está o "tripé (Ciência, Filosofia e Religião)" que o movimento espírita brasileiro tanto defende? Eu só ví dois (Ciência e Filosofia), e você? Ao final da definição Kardec esclarece que como filosofia ele tem conseqüências morais (e apenas morais). Em momento algum da definição acima kardec cita ou deixa subentendido algo mesmo próximo da definição de Religião. Ter conseqüências morais é bem diferente de ser uma religião. Então o que está havendo? Uma manipulação clara do que disse e defendeu Allan Kardec, por motivos que analisaremos abaixo.
Completa Allan Kardec: Pode-se defini-lo assim:
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal."
Para entendermos melhor sobre qualquer assunto devemos analisar a fundo a essência das coisas e o pensamento daqueles envolvidos com “suas bases”, por isso é importante vermos como Allan Kardec "via" as religiões. Vejamos:
...religião é inseparável de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o publico não veria aí senão uma nova edição...
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com o titulo sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral." (Discurso pronunciado na Sociedade Espírita de Paris semanas antes de sua desencarnação)
Como tudo na Doutrina Espírita, a clareza dessas palavras é inquestionável. É tão clara a posição de Kardec com relação ao Espiritismo não ser Religião, não ser apenas mais uma Religião, que qualquer um que diga o contrário, por mais que entenda de Espiritismo, estará, no mínimo, desrespeitando o que pensava e defendia Allan Kardec, o maior encarregado na Terra de "Codificar" e divulgar a Doutrina Espírita. Estaria o próprio Kardec equivocado nesse ponto?... Tenho certeza que não.
A definição atual de RELIGIÃO é:
Crença na existência de força ou forças sobrenaturais. Manifestação de tal crença pela doutrina e ritual próprios. (Dicionário Aurélio, 2ª edição)
Conjunto de crenças, normas e valores que compôem artigo de fé de determinada pessoa ou conjunto de pessoas (Fonte: wikipedia)
Alguns acreditam que o termo deriva do latim: religare = religar, o que poderia significar a tentativa humana de religar-se a suas origens, a seu criador, a seu passado. Mas no Dicionário Enciclopédico Ilustrado FORMAR, encontramos a informação de LOTZ que: "Etimologicamente, é preferível derivar o vocábulo latino "relitio" de "re-legre" do que de "re-ligare". Segundo isso, religião designa sempre um "revolver-se" a observação cuidadosa, conscienciosa de alguma coisa. (Perguntamos aos "espíritas" adeptos de tal entendimento, quando é que fomos separados do criador se Ele é onipresente? ...será que acreditam que foi quando a Eva comeu a maçã e fomos expulsos do paraíso?... ou será, ainda, que acreditam na teoria panteísta (*), combatida por Kardec, que prega que somos parte de Deus e que nos uniremos a ele após nossa morte? ...Não pregam todos os oradores espíritas que Deus está dentro de nós? Não têm a família e a escola também a função de encaminhar o ser para o bem? Por que ninguém as define, então, como Religião? As filosofias de Sócrates e Platão também tiveram consequências morais e sobre as religiões, mas nunca formaram uma nova religião. Vejam também o arquivo anexado abaixo: Etimologia)
*Kardec explica sobre o Panteísmo na Introdução do Livro dos Espíritos, item 2, A Alma:
..."Outros pensam que a alma é o princípio da inteligência, agente universal do qual cada ser absorve uma porção. De acordo com esse pensamento, haveria para todo o universo apenas uma única alma que distribui suas centelhas entre os diversos seres inteligentes durante a vida. Após a sua morte, cada centelha retornaria à fonte comum, onde se misturaria no todo, como as águas dos riachos e dos rios retornam ao mar de onde saíram. Essa opinião difere da anterior apenas em que, nessa hipótese, há no corpo mais do que a matéria e que resta alguma coisa depois da morte; mas é quase como se não restasse nada, uma vez que, incorporando-se ao todo de onde veio, perde a individualidade e, assim, não teríamos mais consciência de nós mesmos. De acordo com essa opinião, a alma universal seria Deus e cada ser, uma porção da divindade. Essa é uma variante do panteísmo"...
Em "www.dantas.com" encontramos que Religião é uma palavra tão associada a uma série de paixões, movimentos e ideologias que defini-la é um desafio, e chegar a uma definição de consenso parece impossível. Encontramos também que é qualquer filosofia que se apoia em Dogmas. Frequentemente (mas não necessariamente) teísta.
Nesses termos o Satanismo e o Luciferianismo também são considerados Religiões. Algumas existem oficialmente com finalidade satírica como o Pastafarianismo, termo oriundo de um trocadilho entre as expressões pasta(macarrão em inglês) e rastafari (o movimento religioso jamaicano), é umareligião com origem satirica fundada por Bobby Henderson em 2005. (Fonte: Wikipedia/Google)
Analisando dessa forma o Espiritismo poderia ser uma Religião. Em discurso de abertura de uma das sessões da "Sociedade" o próprio Allan Kardec disse que filosoficamente poderíamos considerá-lo uma religião, mas logo adiante esclarece que seria como, da mesma forma, chamamos também: a religião da amizade ou a religião da família.
Por tudo isso devemos ser cautelosos e principalmente fiéis aos pensamentos e desejos de Kardec sobre tal assunto, tendo afirmado, em várias obras, bem como na Revista Espírita e em Palestras que o Espiritismo não era, nem deveria se tornar uma Religião, conforme expomos abaixo:
"Quando tiver dito claramente e sem ambigüidade que dois e dois são quatro, ninguém poderá pretender que se quis dizer de dois e dois são cinco. Poderão, pois, ao lado da doutrina formar-se seitas que não lhe adotem os princípios, ou todos os princípios, mas não na doutrina por interpretação do texto, como se formaram, tão numerosas, sobre o sentido das palavras mesmas do Evangelho. Aí está o primeiro ponto, de uma importância capital". (Allan Kardec, Revista Esp. - Dez. 1868) (Mais claro do que isso, impossível!) Inserimos abaixo diversos trechos do Livro "O QUE É O ESPIRITISMO" de Allan Kardec onde ele evidencia por diversas vezes que o Espiritismo não é Religião:
Terceiro Diálogo - O Padre
Em resumo, a Igreja, repelindo sistematicamente os espíritas que voltavam para ela, forçou-os a retrocederem; pela natureza e violência de seus ataques, ela alargou a discussão e a conduziu para um terreno novo. O Espiritismo não era senão uma simples doutrina filosófica e foi ela mesma que o engrandeceu apresentando-o como um inimigo terrível; enfim, foi ela que o proclamou como uma nova religião. Foi um erro, mas a paixão não raciocina.
O Espiritismo, melhor observado depois que se vulgarizou, veio lançar luz sobre uma multidão de questões até aqui insolúveis ou mal compreendidas. Seu verdadeiro caráter, pois, é o de uma ciência, e não de uma religião; e a prova disso é que conta entre seus adeptos homens de todas as crenças, que não renunciaram por isso às suas convicções: católicos fervorosos que não praticam menos todos os deveres de seu culto, quando não são repelidos pela Igreja, protestantes de todas as seitas, israelitas, muçulmanos, e até budistas e brâmanes. (Nota: Se admitirmos o Espiritismo como religião então temos que admitir também que, segundo Kardec, seria aceitável seguirmos duas religiões diferentes: Espírita e Católico, Espírita e Protestante, etc.) Ele repousa, pois, sobre princípios independentes de toda questão dogmática. Suas conseqüências morais estão no sentido do Cristianismo, porque o Cristianismo é, de todas as doutrinas, a mais esclarecida e a mais pura, e é por essa razão que, de todas as seitas religiosas do mundo, os cristãos estão mais aptos a compreendê-lo em sua verdadeira essência. Pode-se, por isso, fazer-lhe uma censura? Cada um, sem dúvida, pode fazer uma religião de suas opiniões, interpretar à vontade as religiões conhecidas, mas daí à constituição de uma nova Igreja, há distância.
É, principalmente, no trecho abaixo que encontramos as explicações de Allan Kardec sobre esse assunto, onde ele esclarece que o Espiritismo tem caráter religioso ou consequências religiosas, ou seja, sobre as religiões (sem ser uma nova religião):
"Vejamos, agora, sua influência moral. Admitamos que ele não ensine absolutamente nada de novo a esse respeito; qual é o maior inimigo da religião? O materialismo, porque o materialismo não crê em nada; ora, o Espiritismo é a negação do materialismo que não tem mais razão de ser. Não é mais pelo raciocínio, pela fé cega, que se diz ao materialista que tudo não termina com seu corpo, mas pelos fatos, que lhe mostra, permite-lhe tocar com os dedos e com o olhar. Não está aí um pequeno serviço que ele presta à Humanidade, à religião? Mas não é tudo: a certeza da vida futura, o quadro vivo daqueles que nela nos antecederam, mostram a necessidade do bem, e as conseqüências inevitáveis do mal. Eis porque sem ser, em si mesmo, uma religião, ele leva essencialmente às idéias religiosas, as desenvolve naqueles que não as têm e as fortifica naqueles em que elas são hesitantes. A religião, pois, encontra nele um apoio, não para essas pessoas de vista estreita que a vêem inteiramente na doutrina do fogo eterno, na letra mais que no espírito, mas para aqueles que a vêem segundo a grandeza e a majestade de Deus."
No Livro "OBRAS PÓSTUMAS" (Curta resposta aos detratores do Espiritismo), novamente Kardec afirma: O Espiritismo é uma doutrina filosófica que tem conseqüências religiosas, como toda doutrina espiritualista (A Doutrina de Sócrates e Platão, etc.); por isso mesmo toca forçosamente às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura; mas não é, uma religião constituída, tendo em vista que não tem nem culto, nem rito, nem templo, e que, entre os seus adeptos, nenhum tomou ou recebeu o título de sacerdote ou de sumo-sacerdote. Essas qualificações são pura invenção da crítica.
É-se espírita somente porque se simpatiza com os princípios da doutrina, e que com ela se conforma a sua conduta. É uma opinião como uma outra, que cada um deve ter o direito de professar, como se tem o de ser judeu, católico, protestante, fourieísta, sansimonista, voltairiano, cartesiano, deísta e mesmo materialista. (Segundo essa afirmação de Kardec pode-se ser espírita sem nunca ter entrado numa casa espírita, sem nunca ter lido um livro ou até mesmo, nunca ter escutado nada sobre sua doutrina. São os denominados espíritas de nascença. Os adversários da Doutrina poderão nos perguntar: _ O espírita não precisa ir à Igreja para rezar? _E responderemos: Não. _O espírita não precisa ler a Bíblia ou outro livro? _Não. _O espírita não é batizado? _Não. O espírita não casa na Igreja? _Não. _Não seguem nenhum chefe? _Não. _Então, concluiriam com razão, o Espiritismo não é, definitivamente, uma religião.)
Livro “Obras Póstumas” – Os Desertores – 4º §
Porque, Senhores, o Espiritismo não é uma religião, mas é uma ciência, ciência da qual conhecemos apenas o a b c. O tempo dos dogmas acabou...
No Livro "OBRAS PÓSTUMAS" (Curta resposta aos detratores do Espiritismo), novamente Kardec afirma: O Espiritismo é uma doutrina filosófica que tem conseqüências religiosas, como toda doutrina espiritualista (A Doutrina de Sócrates e Platão, etc.); por isso mesmo toca forçosamente às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura; mas não é, uma religião constituída, tendo em vista que não tem nem culto, nem rito, nem templo, e que, entre os seus adeptos, nenhum tomou ou recebeu o título de sacerdote ou de sumo-sacerdote. Essas qualificações são pura invenção da crítica.
É-se espírita somente porque se simpatiza com os princípios da doutrina, e que com ela se conforma a sua conduta. É uma opinião como uma outra, que cada um deve ter o direito de professar, como se tem o de ser judeu, católico, protestante, fourieísta, sansimonista, voltairiano, cartesiano, deísta e mesmo materialista. (Segundo essa afirmação de Kardec pode-se ser espírita sem nunca ter entrado numa casa espírita, sem nunca ter lido um livro ou até mesmo, nunca ter escutado nada sobre sua doutrina. São os denominados espíritas de nascença. Os adversários da Doutrina poderão nos perguntar: _ O espírita não precisa ir à Igreja para rezar? _E responderemos: Não. _O espírita não precisa ler a Bíblia ou outro livro? _Não. _O espírita não é batizado? _Não. O espírita não casa na Igreja? _Não. _Não seguem nenhum chefe? _Não. _Então, concluiriam com razão, o Espiritismo não é, definitivamente, uma religião.)
Livro “Obras Póstumas” – Os Desertores – 4º §
...Quando aos Espíritos facetos sucederam os Espíritos sérios, moralizadores; quando o Espiritismo se tornou ciência, filosofia, as pessoas superficiais deixaram de achá-lo divertido;...
Aqui, quem nos esclarece é o renomado Camille Flammarion, no Livro "OBRAS PÓSTUMAS" (Discurso pronunciado sobre o túmulo de Allan Kardec)Porque, Senhores, o Espiritismo não é uma religião, mas é uma ciência, ciência da qual conhecemos apenas o a b c. O tempo dos dogmas acabou...
Na "Revue Spirite, de 1864, pág. 199, escreveu Allan Kardec: "Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero? Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo? Se algum dia ele se tornar uma religião, o clero é quem o terá provocado." (Allan Kardec - Pesquisa Bibliográfica e Ensaios de Interpretação - Zeus Vantuil e Francisco Thiesen - FEB)
Para os que quiserem defender que Kardec não considerava uma religião comum, como as já existentes, mas a considerava como uma religião nova e especial, também estariam equivocados, pois encontramos no livreto "O Espiritismo em sua expressão mais simples" o seguinte esclarecimento:
O Espiritismo, sendo independente de qualquer forma de culto, não prescrevendo nenhum deles, não se ocupando de dogmas particulares, não é uma religião especial, pois não tem nem seus padres nem seus templos. (Aproveitamos a oportunidade para lembrar que os espíritos que se denominaram por Emmanuel e André Luiz (Católicos), em suas obras, equivocadamente, tratam as Casas Espíritas de "Templos", tentando, discretamente, entre conselhos morais, enganar e desvirtuar a verdadeira DOUTRINA ESPÍRITA).
No Livro "O Verbo e a Carne de José Herculano Pires encontramos no caítulo "XII" o seguinte: ..."A gênese do Roustainguismo é portanto o anseio do maravilhoso. Tanto assim que enquanto Kardec, sensato e cauteloso, se recusa a falar em religião, atribuindo ao Espiritismo o caráter de Ciência e oferecendo-o às religiões como uma arma na luta contra o materialismo, Roustaing logo se proclama como o revelador, "instrumento útil" nas mãos de Deus para promover "a unidade de crenças e a fraternidade humana pela efetivação das promessas do Mestre e, por fim, do Reino de Deus na Terra".
Há quem diga que pelo fato de a Doutrina Espírita tratar sobre o Evangelho, tendo Kardec escrito "O Evangelho Segundo o Espiritismo", só por isso já se pode defini-la como Religião. Discordamos firmemente desse ponto de vista por tudo o que já foi citado acima, nos servindo de um fato, para ilustrarmos o que defendemos: existe um livro Intitulado "O EVANGELHO DE CHICO XAVIER" que, se aceitarmos o pensamento acima seremos forçados a aceitar também que "nasceu" uma nova religião: a Religião "CHIQUISTA" ou o "CHICO-XAVIERISMO".
Há também aqueles que acham que o Espiritismo é a Religião do Futuro, enquanto outros, o Futuro das Religiões. Para todos lembramos que o futuro pode ser apreendido pelo diálogo de Kardec com Bernard Palissi, habitante de Júpter, que nos leva claramente ao entendimento de que no futuro não haverá religião:
...81 — (em Júpter) Há várias religiões?
— Não. Todos professam o bem e todos adoram um só Deus.
82. — Há templos e um culto?
- Por templo há o coração do homem; por culto, o bem que ele faz.
(Revista Espírita de Allan Kardec, Abril, 1858)
Todas essas reflexões nos levam a uma conclusão lógica de que se alguém seguir uma Filosofia que, pelos seus princípios e esclarecimentos, levarem-no à prática do bem, da caridade, do perdão e do amor, nenhuma falta lhe faria a crença religiosa. Nenhuma necessidade teria de frequentar uma Igreja ou templo, pois já estaria praticando o que determina o Verdadeiro Espiritismo: "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO".
Kardec esclareceu sobre as conseqüencias religiosas do espiritismo, ou seja, sobre as religiões já existentes, sem ser, por esse simples fato, mais uma Religião. Ficando bem claro sua intenção de separar uma coisa da outra, conforme abaixo:
..."Do ponto de vista religioso, o Espiritismo tem por base as verdades fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma, a imortalidade, as penas e as recompensas futuras; mas é independente de qualquer culto particular. Seu propósito é provar, aos que negam ou duvidam que a alma existe, que ela sobrevive ao corpo, que ela sofre depois da morte as conseqüências do bem e do mal que fez durante a vida corpórea; ora, isto é de todas as religiões."...(O Espiritismo em sua expressão mais simples).
RESUMINDO, PODEMOS CONCLUIR QUE ALLAN KARDEC DEIXA CLARO QUE O ESPIRITISMO TEM SOMENTE DUPLO, E NÃO TRIPLO, ASPECTO: CIENTÍFICO E FILOSÓFICO. QUE O ASPECTO FILOSÓFICO TEM CONSEQÜÊNCIAS MORAIS. QUE ESSAS CONSEQÜÊNCIAS MORAIS TEM, POR SUA VEZ, CONSEQÜÊNCIAS RELIGIOSAS. MAS, NEM POR ISSO, ELE O DEFINE E O INTITULA COMO UMA RELIGIÃO, PELOS MOTIVOS, EXAUSTIVAMENTE, EXPOSTOS ACIMA. (Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com o titulo sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral. Allan Kardec)
A FAMÍLIA TAMBÉM TEM UM ASPECTO RELIGIOSO MAS NÃO É UMA RELIGIÃO;
A AMIZADE TAMBÉM TEM UM ASPECTO RELIGIOSO MAS NÃO É UMA RELIGIÃO;
A ESCOLA TAMBÉM TEM UM ASPECTO RELIGIOSO MAS NÃO É UMA RELIGIÃO;
ETC..., BEM COMO TODAS AS DOUTRINAS FILOSÓFICAS.
Possíveis explicações para o Espiritismo ter virado, erradamente, uma religião no Brasil:
1. Encontramos na internet, no "You Tube" uma entrevista com a pesquisadora e historiadora Célia G. Arriba, entrevistada por Jô Soares, por ter escrito um livro intitulado: "Afinal, Espiritismo é religião? E apesar de sua conclusão ser positiva, ela explica que na sua origem não era uma religião. Que esse caráter passou a ter no Brasil, dando a entender que pelas leis da época, que estabeleciam a prática do Espiritismo como crime (Curandeirismo), pois muitos centros adotavam a homeopatia para curas, pelo fato de o Brasil nesta época não ser um país laico, tendo a Religião Católica como única aceita pelo Estado, pelas perseguições e preconceitos sofridos, alguns de seus adeptos, optaram por defini-la, mais adiante, dessa forma para que fossem aceitos pela sociedade da época, equivocadamente, pois agindo assim, contrariavam o próprio desejo de Allan Kardec percebidos nos diversos textos acima;
2. Segundo muitos estudiosos sérios, houve na época uma forte influência Católica, tanto de espíritos desencarnados, como Emmanuel, quanto de encarnados, como o próprio Bezerra de Menezes, que colaboraram para a criação de um Espiritismo aos moldes Católicos. (Acesse o primeiro link abaixo)
3. O último, e mais grave, estabelece que no plano espiritual, existe uma corrente Roustainguista, com o triste propósito de acabar com o Espiritismo, ou pelo menos, desvirtuá-lo nas suas mais puras origens. (Acesse a coluna neste "site": Catolicismo Espírita)
Diante dessas graves possíbilidades e tendo em vista que hoje o movimento espírita dominante, absurdamente, segue os ensinamentos de Kardec, desde que eles não contrariem Roustaing, Emmanuel e André Luiz, invertendo a ordem das coisas, podemos concluir que há muita coisa a ser debatida, analisada e corrigida, urgentemente.
Podemos observar em diversos pontos das obras de Kardec que o Espiritismo veio na hora própria e com a função celestial de atingir toda a humanidade da Terra. Um deles encontra-se nos dois parágrafos finais da mensagem de Francóis Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot , "A Felicidade não é deste mundo", Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, item 20, que traz o seguinte:"...Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.
Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade."
Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade."
Portanto, refletindo calmamente e sem pensamentos pré-concebidos, sobre tudo o que analisamos acima, fica impossível não concluirmos que Allan Kardec nunca considerou nem desejou que o Espiritismo viesse a se tornar uma nova Religião, pois tendo a função de unificar os seres humanos numa só crença (O Amor), não era nem deveria ser uma Nova Religião, caso contrário se tornaria apenas mais uma no meio de tantas já existentes, como ele próprio disse, deixando de atingir seus grandiosos propósitos, visto que, como ciência e filosofia pode ser estudada e aplicada por todos, sem distinção de castas, seitas ou qualquer outro fator limitador da propagação de SUA INFINITA LUZ, o que não acontece atualmente e nem poderá acontecer permanecendo o pensamento "limitador" de que o Espiritismo seja apenas mais uma religião.
Fonte: Aires Santos da Costa
Para complemento sugerimos a leitura do livro "O LAÇO E O CULTO" de Krishnamurti de Carvalho Dias, da editora DICESP.
Acesse os sites abaixo, bem como o arquivo abaixo: "Espiritismo no Brasil.bmp":
http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/espiritismo-nao-e-religiao-mas-sim-doutrina/#.VGnZ4zTF9QA
Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados (1 Pedro 4:8)
Muitas vezes, Pedro, você fala
Sempre a se queixar da solidão
Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro
É pena que você não sabe não
Sempre a se queixar da solidão
Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro
É pena que você não sabe não
Vai pro seu trabalho todo dia
Sem saber se é bom ou se é ruim
Quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro, as coisas não são bem assim
Sem saber se é bom ou se é ruim
Quando quer chorar vai ao banheiro
Pedro, as coisas não são bem assim
Toda vez que eu sinto o paraíso
Ou me queimo torto no inferno
Eu penso em você, meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno
Ou me queimo torto no inferno
Eu penso em você, meu pobre amigo
Que só usa sempre o mesmo terno
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria e a guerra é dura
Mas se não puder, cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Tente me ensinar das tuas coisas
Que a vida é séria e a guerra é dura
Mas se não puder, cale essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Lembro, Pedro, aqueles velhos dias
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de careta, Pedro
Que você me chama vagabundo
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de careta, Pedro
Que você me chama vagabundo
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Pedro, onde 'cê vai eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
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