Numa tarde cansada de outono, quando o sol se escondeu no horizonte. Ao ruído infantil de uma fonte, eu me pus a pensar em você. Em você que se sente perdido quando põe seu olhar nas estrelas, e de tanto contá-las e vê-las, já não sabe se crê ou não crê. Eu conheço as milhões de perguntas que você que falou que não crê, e que diz que só crê no que vê, todo dia pergunta pra Deus. Eu conheço as milhões de respostas, que ninguém tem coragem de dar, quando a vida nos vem questionar; Como vê somos todos ateus. Numa tarde tristonha de inverno retornei ao murmúrio da fonte. Não havia mais sol no horizonte, e eu me pus a pensar nos cristãos. Nos cristãos que se sentem tranquilos, quando põe seu olhar nas estrelas. E de tanto contá-las e vê-las, nunca mais põe os olhos no chão. Eu conheço as milhões de respostas, que esta gente que fala que crê, mas não ouve, não pensa e não lê, não responde por medo de Deus. Eu conheço as milhões de perguntas que os cristãos nunca ousam fazer. Pois terão de se comprometer; Como vê somos todos ateus.

O homem é um Universo em Evolução

O homem é um Universo em Evolução

sábado, 30 de março de 2019

O que é o Espiritismo - Allan Kardec

Mas afinal o que é o Espiritismo?
"O Espiritismo é, ao mesmo tempo, Ciência Experimental e Doutrina Filosófica.
Basicamente o Espiritismo é uma ciência, em função da metodologia adotada por Allan Kardec.
Sempre que alguém trabalha um conceito, estruturado sobre uma metodologia científica qualquer, esse trabalho tem, basicamente estrutura científica.
Allan Kardec através do tipo de questões que levantou, tipo de análise que apresentou, observação que desenvolveu, deu ao Espiritismo um caráter eminentemente científico.
Allan Kardec era um homem acostumado às reflexões da ciência e aos seus processos - deu à proposta espírita uma dinâmica de caráter científico.

O ESPIRITISMO É UMA RELIGIÃO?

Não, não é.
Usualmente define-se o Espiritismo como uma religião.
Inclusive, em alguns locais, o Espiritismo é tratado como mais uma religião, a par de centenas de outras.
Allan Kardec definiu o Espiritismo de forma bem clara e transparente.
Se o Espiritismo fosse mais uma religião perderia o seu carácter Universalista e seria apenas mais uma, no meio de um milhar oriundas do cristianismo, e mais de três milhares provenientes de outras denominações religiosas.
O pensamento de Kardec é bem claro, pelo que não se entende muito bem, essa infeliz afirmativa.
Leiamos Kardec: (1)

"Porque, então declaramos, que o Espiritismo não é uma religião?*

Porque não há uma palavra para exprimir duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma ideia de forma, que o Espiritismo não tem.

Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimónias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública.

Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado.

Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral*
Não devemos confundir moral com religião.
A moral tem um sentido mais abrangente, mais Universalista, englobando todas as sensibilidades religiosas, sendo ela própria, uma disciplina da Filosofia.
O conceito de religião é redutor limitando-se apenas a uma religião, é limitativa, absolutista, estática, e sendo a mais pura antítese, da lógica e do raciocínio.
O QUE É O ESPIRITISMO?
Mas afinal o que é o Espiritismo?(2):
"O Espiritismo é, ao mesmo tempo, Ciência Experimental e Doutrina Filosófica.

Como ciência prática, tem a sua essência nas relações que se podem estabelecer com os espíritos.

Como filosofia, compreende todas as consequências morais decorrentes dessas relações.

Pode ser definido assim:
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal*.

Pelo que podemos constatar, Allan Kardec, numa definição límpida de Espiritismo não faz qualquer menção a ser uma religião.
Será que o gênio de Kardec se esqueceu?
Vejamos...

QUAL O VERDADEIRO CARÁTER DO ESPIRITISMO?

Mais à frente no mesmo livro, podemos observar uma conversa de Allan Kardec com um padre, em que ambos estabelecem o seguinte diálogo(3):

"O sacerdote - Convenho em que, no que diz respeito às questões em geral, o Espiritismo é conforme às grandes verdades do Cristianismo.

Mas... e aos dogmas?

Não vai ele de encontro a certos princípios que a igreja ensina?

Allan Kardec - O Espiritismo é, antes de tudo, uma ciência, e não se ocupa com questões dogmáticas.

Como ciência, e como todas as filosofias, tem consequências morais.

Estas são boas ou más? Pode-se julgá-lo pelos princípios gerais que acabo de recordar.

Algumas pessoas se equivocaram quanto ao verdadeiro caráter do Espiritismo.

A questão é suficientemente séria e de molde a merecer uma explicação de nossa parte*
Pelo que vimos acima, já podemos observar que o próprio Allan Kardec considera o Espiritismo como tendo consequências morais e não consequências religiosas como alguns pretendem.
É tremendamente lógica e racional esta conclusão de Kardec; uma vez que o Espiritismo leva à nossa reforma moral, e não à nossa reforma religiosa, alertando mesmo para a gravidade de tal proposta.
Um pouco mais à frente, Kardec, ainda detalha mais esta questão...(4):

"Melhor observado depois de sua divulgação, o Espiritismo faz luz sobre uma multidão de questões até hoje tidas como insolúveis ou mal compreendidas.

Seu verdadeiro caráter é, pois, o de uma ciência e não de uma religião.

A prova disso é que conta entre seus adeptos homens de todas as crenças (...)".*

RELIGAMENTO A DEUS OU "RELIGAÇÃO"...!?

Existem também algumas teorias sofistas, (partindo de uma premissa falsa) de que a palavra religião vem do latim religare que se considerarmos que o Espiritismo nos "religou" a Deus (o que é um autentico paradoxo, já que nunca estivemos separados do Criador), podemos chamar-lhe religião.
Independentemente da etimologia ou semântica da palavra, vamos novamente ver o que Kardec diz a este respeito, ainda no mesmo livro (5):

"O sacerdote - O senhor faz não obstante, as invocações segundo uma formula religiosa?

Allan Kardec - Anima-nos, certamente, um sentimento de religioso, nas evocações e em nossas reuniões.

Não existe, porem, uma formula sacramental.

Para os Espíritos o pensamento é tudo; a forma não vale nada.

Nós os invocamos em nome de Deus porque cremos em Deus e sabemos que nada se cumpre neste mundo sem a Sua permissão e porque se Deus não lhes permitisse vir, não viriam. (...)

Isto tudo o que prova?

QUE NÃO SOMOS ATEUS, O QUE DE NENHUM MODO IMPLICA EM QUE SEJAMOS RELIGIOSOS *
Observa-se aqui que Allan Kardec é bem pragmático ao fazer a diferenciação entre NÃO SER ATEU e SER RELIGIOSO.
Saber que Deus existe, é tão somente isso mesmo: não ser ateu.

QUEM DESEJA QUE O ESPIRITISMO SEJA MAIS UMA RELIGIÃO?


Opinião de Kardec sobre o tema: Espiritismo é religião?
Allan Kardec em: "Discurso de Abertura", de 2 de novembro de 1868,publicado na "Revue" de dezembro do mesmo ano:
Primeiramente lembro o clássico artigo publicado na "Revista espírita" de dezembro de 1868, intitulado "O espiritismo é uma religião?", pois nesse texto, Kardec declara não ser o espiritismo uma religião, por não possuir os caracteres das religiões tradicionais,como as cerimônias e os sacerdotes.
Todavia, afirma ele nesse mesmo texto:

"o laço estabelecido por uma religião é um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, [...].

O efeito desse laço moral é o de estabelecer entre os que ele une, [...] a fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas. [...]

Se assim é, perguntarão, então o espiritismo é uma religião?

Ora, sim, sem dúvida, senhores; no sentido filosófico, o espiritismo é uma religião".

Kardec é bem claro em sua opinião ao possibilitar que o espiritismo seja considerado uma religião apenas em seu aspecto filosófico, ou seja, por reunir em torno de seus princípios filosóficos os homens numa congregação de fraternidade e benevolência, para então concluir, após a afirmativa acima:

"O espiritismo, não tendo nenhum dos caracteres duma religião, na acepção usual da palavra, não se poderia, nem deveria ornar-se de um título sobre o valor do qual, inevitavelmente, seria desprezado; eis porque ele se diz simplesmente: doutrina filosófica e moral".

Eis uma observação de Kardec, muito a propósito, na Revue Spirite de 1864, p. 199, com respeito à divulgação do Espiritismo como uma religião pelos doutores da Lei da era moderna:

"Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero?

Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo?


Se algum dia ele (Espiritismo*) se tornar uma religião, o CLERO é quem o terá provocado".*
Bem e finalizamos...

o Espiritismo é a doutrina mais bela que pessoalmente temos conhecimento.
Referências

Luís de Almeida -  – é físico, comunicador espírita, e dirigente do Centro Espírita Caridade por Amor – CECA – da cidade de Porto, Portugal.

Fonte: https://www.veg11.com.br/

Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seu coração, estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. 
Colossenses 2:2-3
Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. 
1 João 5:20
Oração De São Francisco
Fagner
Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar do que ser consolado
Compreender do que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado;
E morrendo que se vive
Para a vida eterna

Nenhum comentário: